quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Universos Silenciosos

Quando vestidos,

em nossas alegorias cotidianas,

parecemos dois estranhos.

Abismos do discernimento.

Distância intrasponível

a máximos olhares de canto,

cutucões e sorrisos sem graça.
...

Então ele me olha

nos olhos e penetra-me

a alma.

É como se milênios

se passassem, nesse

cosmo infinito.
...

Em tão pouco, despidos

de qualquer dispersão.
...

Estamos tão

próximos,

inevitavelmente

únicos, unidos

em respiração

e pele.
...

Quando somos

inimaginavelmente distantes.
...

Dos sorrisos,

relapsos tão puros.

Das conversas intermináveis

e inentendíveis

para qualquer organismo

que nunca levitou

entre tantas insígnias.

Um comentário:

  1. o Jardim vindo em minha direçao
    lembro-me perfeitamente dos passos;
    passos curtos e rapidos
    como é linda, SIM, é ela;
    no parque, um beijo molhado e gelado
    e o sabor ? único !
    sabor Gabriela;

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