domingo, 25 de janeiro de 2009

Só o Sol

Estou só...

Mais uma vez no ar

Mais uma vez sem mar

Pra me quebrar como onda

Pra me salgar como amada

...

Sou o sol...

Mais uma vez nascente

Mais uma vez sorridente

Pra lapidar diamantes

Pra esquecer os distantes

...

Só o sol...

Menos enubliado

Menos envergonhado

Pode exergar-me assim

Pode vir a reconfiar em mim

A Esperança que Envelheceu

Os sonhos morrem antes do sol

A vida já nasce sem esperança

Então me explique tal

paradoxo de ser criança!

...

Um patinho feio

Um boneco de neve a derreter

Um metro e meio

Um mundo inteiro pra conhecer

...

As borboletas voam para o fim

A vida já nasce sem esperança

Então desvendem em mim

o paradoxo de ser criança!

...

Uma avenida principal

Uma neblina cobrindo quedas

Uma fantasia real

Uma das dádivas perdidas

...

Verdades nascem com a claridade do sol

A vida já nasce sem esperança

Então me expliquem tal

paradoxo de ser criança!