domingo, 27 de setembro de 2009

Um Gemido

Posso falar do todo.

Posso recitar todas as frases consagradas

que já disseram e repetiram desvendando o amor.
...

Difícil é descrever o momento.

De ter ali, diante de você um pedaço

que não é metade, que nem te pertences.
...

Posso fala, mas não

conseguirei faze-los sentir.

O que no frio da espinha me possui.
...

Difícil é assumir sem medo

de me apunhalar entre tua espada.

O que não é vida, mas sopro de prazer.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Meu Coração que Corre

Em fascínio e assombro,

vejo o vento cruzar meu destino.

Nuvens e folhas que me perseguem.

Toda a fotografia hollywoodiana

que deixo da porta para fora,

enquanto sozinha choro.
...

Aqui, pensando, soubesse em quem.

Sempre, menor, por alguém.

Fico, vou, me iludindo.
...

Psicótica cabeça, que fantasia

no espelho o melhor e pior sem si,

a sufocar-se no discerne que angutia.
...

Em fascínio

vejo minha vida ruir.

Nuvens que sempre temi.

Toda a fotografia desbotada

que não sabe qual sua distância,

enquanto aqui sigo no solitário fugir.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Que Dizer de Cores Fracas

Hoje, enquanto caminhava para casa,

vi uma cor a qual não me presenteei;

áurea desbotada, que de mim aspirei:

porque agi com tanta contradição?
...

Covardia, burado humano,

que tão humana me encasulei.

Burro ato, de tom profano,

que do que acredito me afastei.
...

Olho as rosas e as chamo de manhã.

Não que haja diferença para nomes,

mas sei bem o tempo que desperdicei

semeando a sem garra que me tornei.
...

Não sei, extamente, onde estou;

para perguntar-me o que quero.

Bate aqui, ainda, o coração que escorracei;

em ato mesquinho de me negar: eu falhei.
...

Buraco humano de covardia;

que de tão profundo nem reparei,

à noite, o que aqui virava dia;

enquanto este alguém eu afastei.
...

Humanos tão covardes, tão humanos.

Humanos das más sortes, tão insanos.

Humanos de coragem ou tão profanos.

Humanos que de cores tão fracas são...